quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Carta às Romanas - II

"Caríssimas:
Dois dias depois da chegada deste ser chamado sogra, constatei o seguinte: complacência é pouco!
Sede complacentes com as sogras. Mais: sede complacentes, mudas, surdas, cegas.
Seriam as sogras todas iguais?  Esta chegou como quem chega a extensão de sua casa. Desfez a mala e determinou que seu rebento é o único provedor e ser mandante da morada.  Só a ele se reporta, já determinando a confecção de pratos que seu rebento sempre gostou de comer. Até neste momento eis que continuo a pedir: paciência. Mãe é mãe.  Ainda mais ela que há seis anos só via o rebento pelo msn. skype.
Caríssimas, antes de qualquer inicio de guerra, perguntem quanto tempo este ser chamado sogra estará perto de vós.  Como a minha só ficará conosco 76 dias  e eu passo o dia fora de casa, decidi dar o lado, deixar que ela tome conta da cozinha, pelo menos.  Assim, sentir-se-á útil e fará os quitutes que seu amado rebento sempre comeu.
Caríssimas: mantenham-se de lado, mesmo que a sogra compre briga com o seu rebento, em relação aos cuidados com os cães. Para a minha sogra, cão é cão e não precisa de atenção. Para mim e o meu amado marido, eles são a nossa companhia e merecem tratamento como príncipes..." 

Um comentário:

  1. Faz isso mesmo, amiga. "Ignore-a", mas não como "inimiga", apenas deixe que ela tome o controle do que quiser. Afinal, ela pode querer apenas ser útil. Se quer tomar conta da cozinha, da casa, lembre-se que é temporário.
    Dia há de chegar que ela os deixará e olha, pode acreditar, você até vai sentir falta...rsrs Verdade!

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