terça-feira, 29 de novembro de 2011

Carta às Romanas - X

"Queridíssimas:  afirmo-vos que, ou por defeito de educação ou por defeito da idade, algumas pessoas insistem a dizerem mal da casa e pessoas onde no momento estão, insistem em falarem o que lhes vem à mente em total desrespeito aos que a sua volta estão. Daí-me beliscões  se por ventura eu começar a falar que tal coisa e outra coisa não devem ir para a geladeira, que vós estais gordas, que vós deveis fazer tal alimento assim e assado, que é de outra maneira que arrumam-se camas, organizam-se casas..."

Carta às Romanas - IX

"Queridas irmãs e filhas, hoje vos escrevo para vos pedir que sejam firmes e fortes e que, no momento oportuno saibam como agir.  Cito-vos aqui alguns exemplos de situações vividas com a sogra, para que não venham a passar  trabalho no futuro, com a minha pessoa ou com a vossa sogra. 
Estando a passeio em locais onde banheiros sejam difíceis de encontrar peço-vos que façam alusão à existencia do mesmo . E, se  minha pessoa disser que no momento não necessito de um banheiro, autorizo-vos a levarem-me a força ao local. Isto  para que não aconteça de ao sairmos do local  eu náo diga : - preciso ir ao banheiro.
Quando estiverem a fazer alguma compra, observem de repetir com ênfase: quer mais alguma coisa? - para que, depois de enfrentarem momentos de espera até chegar ao caixa e estiverem efetuando o pagamento, não venha eu, lépida e faceira dizendo que quero mais aquilo que está na minha mão.
Analisem minhas reações ao sim e ao não, para saberem melhor agir, para que, dizendo-me: não compre nada aqui pq é muito caro e eu vá direto ao vendedor para ver a mercadoria ou , dizendo-me: é aqui que vamos encontrar o produto, venha eu a pegar no vosso braço e tentar fugri daquele local."

Carta às Romanas - VIII

"Preocupei-me hoje com a numeração das cartas. Mas foi só por um minuto. Logo conclui que a numeração romana é também infinita. Creio. Assim como creio que as minhas Romanas são infinitas. Há nelas uma força e um caminhar que transcenderá. Todas são e sempre serão rainhas onde estiverem. Só há uma diferença, pequena diferença?   Afirmo-vos que a diferença está tão somente na região onde estas rainhas lideram. As Romanas do Sul tendem a ser amenas, com um reinado no "deixaestarparavercomoéquefica". Já as Romanas do Norte são rainhas tipo "deixaestarqueaquieuéquemando". Então, caríssimas, vejo dias de alfinetadas que se aproximam. E a rainha do sul terá que por vezes servir de amparo.Poderá haver um  confronto da rainha do norte com a sogra da rainha do sul..."

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Carta às Romanas - VII

"Filhinhas,  inúmeras religiões proibem os jogos de azar.  Creio que são proibidos pq o Criador disse que devemos ganhar o pão com o suor do nosso rosto. Mas, caríssimas, não quero ganhar. Quero doar-vos, portanto, muito depressa, digam um número entre o um e o tres  que seja par, e levai, de graça, sem cobrança, uma senhora chamada sogra!"

Carta às Romanas - VI

"Guardaí-vos de um coração cheio de maldades ou pronto para pequenas vinganças em relação a vossa sogra.  Exemplo do que deveis fugir: vossa sogra está ditando regras de como melhor guardar os vossos alimentos, dizendo que o vosso pão não deve ser coberto quando guardar, nem com papel, nem com sacos plásticos - o pão deve ficar ao natural para não perder o sabor. E  fala com aquele tom de sabedoria que só a idade confere.  Guardaí-vos de responder prontamente, quase a sair do salto, que vós cobris o pão ou outro alimento qualquer devido as baratas, ratos e moscas.  E quando sentirdes que vosso marido pede com os olhos e gestos para não falar isso, guardaí-vos de ignorar o fato e continuar com a vingança, aumentando a incidência do fato, repetindo com mais ênfase a frase: - cubro os alimentos e sempre vou cobrir, enrolar, proteger pq há muitos e muitos ratos e baratas e nós não conseguimos controlar a praga. Ponto final.  Guardaí-vos destas pequenas vinganças,  pq após elas, só vós podeis ter a exata sensação de que passou um atestado de povo pobre, sujo, conivente com baratas e ratos... "

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Cartas às Romanas - V

"Peço-vos, caríssimas, que ao mastigarem qualquer tipo de alimento, o façam de boca fechada. Peço-vos que, ao sorverem qualquer líquido, eliminem aquela tendencia tão normal de provocar sons.
Peço-vos que, daqui a alguns anos, ou se já agora, eu estiver fazendo algo neste gênero, me chamem a atenção. Chamem a atenção, sem contudo alertar as pessoas  à volta.  Com discrição.  Prometo, irmãs, lançar-vos  olhares de agradecimento."

Carta às Romanas - IV

"Caríssimas:
Peço-vos que, ao visitarem alguém, não se instalem como se na vossa casa fôsse. Use, mas não abuse. Ajude, mas não mande, não dite regras, não ensine.  Observem sempre que cada familia é uma sociedade distinta, com suas regras, seu jeito especial. O que para vós, nesta casa que não é sua,  possa estar fora de contexto, para esta familia pode ser algo bem normal. Portanto, sede uma sogra não "complicante".
Se eu prendo a roupa na corda assim, que quereis vós que eu prenda assado? Ora, irmãs, não serei eu que terei que passar a roupa depois?  Se eu corto a melancia, fazendo dela duas partes, pq insistirdes que eu tenho que eliminar os "cús" da melancia e depois fatiá-la?  Por que insistis em  guardar todos os restos de alimento, se não os aproveita no dia seguinte, gerando um acúmulo de guardados na geladeira? Não vês que logo ali terás que jogá-los fora?  Por que me condenas, então, por eliminar o problema logo na geração do fato?
Caríssimas, peço-vos que me mantenham a memória ativa, para que eu não  esqueça deste ensinamento por onde eu andar.
Contudo, continuo a pedir-vos: sede complacentes, não caiam do salto.  É o que eu tenho feito, procurando lembrar que logo, logo, a visita termina.   Não, não vos peço para  usarem de simpatia, nem para serem falsas - respeitem a idade. Nada mais que isso.  E aprendam, neste tempo, coisas que não deverão repetir.."

Carta às Romanas - III

                     "Carissimas, guardai-vos, sob pena de distúrbios gastrointestinais, de comer os bichinhos da alface. Mesmo que eles pulem da salada e passem a caminhar em vossa mão. Deixe-os viver. Sacuda a mão e.... boa refeição!
                      Mesmo que fiquem a imaginar se já não comeu algum por não conseguir salvá-lo da salada, caríssimas, continuem a comer normalmente - não deixem que os irmãos ao lado percebam a vossa dor, por imaginar ter dado cabo de um animal tão indefeso. E, este ato de extermínio, já me foi induzido pela gentil sogra.    Se bem que, caríssimas, este ato tão horripilante é altamente bem visto pelos senhores dos exércitos e, quem sabe posso afirmar pelas esposas destes senhores, por dizerem que ali concentram-se enes vitaminas...
                                   .... é, pois é....

Carta às Romanas - II

"Caríssimas:
Dois dias depois da chegada deste ser chamado sogra, constatei o seguinte: complacência é pouco!
Sede complacentes com as sogras. Mais: sede complacentes, mudas, surdas, cegas.
Seriam as sogras todas iguais?  Esta chegou como quem chega a extensão de sua casa. Desfez a mala e determinou que seu rebento é o único provedor e ser mandante da morada.  Só a ele se reporta, já determinando a confecção de pratos que seu rebento sempre gostou de comer. Até neste momento eis que continuo a pedir: paciência. Mãe é mãe.  Ainda mais ela que há seis anos só via o rebento pelo msn. skype.
Caríssimas, antes de qualquer inicio de guerra, perguntem quanto tempo este ser chamado sogra estará perto de vós.  Como a minha só ficará conosco 76 dias  e eu passo o dia fora de casa, decidi dar o lado, deixar que ela tome conta da cozinha, pelo menos.  Assim, sentir-se-á útil e fará os quitutes que seu amado rebento sempre comeu.
Caríssimas: mantenham-se de lado, mesmo que a sogra compre briga com o seu rebento, em relação aos cuidados com os cães. Para a minha sogra, cão é cão e não precisa de atenção. Para mim e o meu amado marido, eles são a nossa companhia e merecem tratamento como príncipes..." 

Carta as Romanas - I

"Caríssimas:
Eis que me defronto com uma situação inusitada.  Acaba de aportar na minha porta a tão famosa figura que chamam de sogra.  Irmãs, eu sempre penso que há um exagero de reclamações relacionadas a esta figura.
Por isso eu vou lhes pedir um especial favor: sogra é mãe. Mãe é mãe.  Lembrai-vos da vossa mãe - seria ela capaz de algo contra vosso marido? Sabendo que vossa resposta é não, então ouso dizer que a vossa sogra também será incapaz de algo tramar contra a companheira do "rebento" dela.   Será?
Caríssimas, como não tenho experiência nesta área, apesar da idade, ainda ouso crer no bom relacionamento.  Ouso pedir-vos: sede complacentes..."

Carta de São Paulo aos Romanos?

Não, não...... Preciso passar uns recados, dicas, pedidos.  Direcionados à minha irmã, à minha filha.  Num primeiro momento amplio a direção: para as minhas amigas de trabalho.  Elas também são minhas irmãs, minhas filhas, afinal, a gente passa 9 horas do dia juntas.
Para enviar estes recados, dicas, pedidos, pensei em escrever cartas. Lembrei de São Paulo, o Apóstolo, com suas famosas e lindas cartas aos romanos, aos gálatas...
Então veio a idéia: Cartas às romanas.
Tão simples.
Simples o nome.  Fácil de escrever?  Duvido!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!